MEMÓRIA: JULIÃO RAMOS: 134 ANOS
Um dos maiores lideres da comunidade negra do ex Território do Amapá, e considerado um dos patriarcas do Marabaixo (e era exímio tocador de Caixa, principal instrumento do Marabaixo), JULIÃO RAMOS (Julião Thomaz Ramos) nasceu em Macapá, em 9 de janeiro de 1890. Faleceu também em Macapá, em 25 de junho de 1958. Filho de Thomaz Agrávio Ramos e Felícia Agrávio Ramos.
Estudou na escola primária, o suficiente para ler e escrever. A residência de seus pais ficava entre o barranco da atual Praça Euclides Figueiredo e a então estreita Rua de Trás, que já foi Independência, e hoje tem o nome de Binga Uchoa. Foi com ele que o governador Janary Nunes teve os primeiros entendimentos para transferência de famílias com seus barracos, para uma área mais distante, por tràs do “Poço do Mato”, que denominavam “Campos do Laguinho”. Houve reação inicial dos negros, em razão deles terem que se desfazer das árvores frutíferas e pequenas roças, mas o governo ofereceu uma gorda indenização, e o compromisso de construir casas confortáveis. Foi assim que surgiu o bairro do Laguinho.
Casou com Januária Simplício Ramos, que lhe deu seis filhos: Felícia Amália, Alipio de Assunção, Apolinário Libório, Benedita Guilhermina e Joaquim Miguel. Foi servidor público municipal, encarregado de zelar pelo Campo de Aviação. Na cultura, formou com Raimundo Ladislau a dupla de maior expressão do Maraaixo, tendo Raimundo Ladislau como compositor e autor das letras e versos ladrões do marabaixo, e Julião Ramos como tocador de caixa e “cantador”


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