sábado, 5 de agosto de 2023

LOLITO DO BANDOLIM, UM VIRTUOSE NO SEU INSTRUMENTO MUSICAL PREFERIDO


LOLITO DO BANDOLIN (1934-2020) 


Lolito Viveu num ambiente e contexto cultural bem nutrido em Macapá, sempre acompanhado de uma plêiade de amigos. Dono de um talento incrivel no bandolim, Lolito ficou entre nós até os 89 anos, disseminando amizade incondicional, com fraternidade..

Se chamada Laurindo Pereira Trindade, mas se acostumou com o tratamento carinhoso de LOLITO DO BANDOLIN. Músico instrumentista paraense, esteve no Amapá desde criança. Nasceu em Igarapé-Açu, no Pará, em 5 de agosto de 1934, e morreu em Macapá, em 13 de setembro de 2020. Interpreta, com habilidade, no bandolim, chorinhos e sambas.

 

 


O CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE ÁLVARO DA CUNHA

 ÁLVARO DA CUNHA (1923-1995)

    

Hoje lembramos os 100 anos do poeta ÁLVARO DA CUNHA (Álvaro Cândido Botelho da Cunha). Ele nasceu em Belém, Pará, em 5 de agosto de 1923. Morreu no Rio de Janeiro, em 22 de fevereiro de 1995. 

Ainda adolescente, começou a escrever, inicialmente, no Pará, colaborando nas revistas “Novidades” e “Pará Ilustrado”, e nos jornais “O Estado do Pará” e “Folha do Norte”.

 Chegou  a Macapá pela primeira vez em 5 de janeiro de 1946, aos 23 anos, fazendo carreira no serviço público do então Território Federal do Amapá. Publica seus poemas e crônicas no “Jornal do Amapá”, revista “Mensagem” e “Latitude Zero” Preside a Companhia de Eletricidade do Amapá  de 30 de abril de 1962 a 4 de fevereiro de 1963.

 



sexta-feira, 4 de agosto de 2023

23 ANOS DE REGISTRO DA ARTE "kUSIWA", DA ETNIA WAJAPI, COMO PATRIMÔNIO NACIONAL

 

ARTE KUSIWA WAIAPI, PATRIMÔNIO IMATERIAL NACIONAL


Hoje, 4 de agosto, lembramos os 23 anos (2000) de inscrição, ao Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Nacional (IPHAN), da "ARTE KUSIWA", da etnia wajapi, como PATRIMÔNIO CULTURAL E IMATERIA\L BRASILEIRO. 


Veja abaixo e no inicio desta matéria, algumas ilustrações da arte indígena amapaense.


Os Wajapi foram os lendários Gaiapi (século XVIII), que viviam com outros grupos tupi-guarani, como os Arawetê e Assurini. Eles cruzaram o Rio Amazonas e empreenderam sucessivas migrações e em direção ao norte, estabelecendo-se no interflúvio dos rios Jari, Araguari e Oiapoque. Hoje, Wajãpi é um marcador étnico definido por conteúdos e usos políticos em constante transformação. Essa autodenominação refere-se à língua compartilhada por todos os subgrupos distribuídos entre o Pará, o Amapá, no Brasil, e a Guiana Francesa. Seu uso crescente vem agregando outros elementos selecionados como distintivos de sua cultura. 

Historicamente, o território wajãpi estendia-se do rio Jari ao rio Araguari, limitado ao sul pelo alto Iratapuru e ao norte pelos rios Oiapoque e Camopi, na margem francesa. Nessa região mantiveram contatos intermitentes com diversas frentes – cabanos, extrativistas, colonos – desde o início do século XIX. Mas só passaram a conviver mais diretamente com não-índios no final da década de 1960, quando foram encontrados por ‘gateiros’ e garimpeiros que viveram em suas aldeias e alastraram epidemias, provocando uma dizimação considerável entre vários subgrupos wajãpi, alguns deles inclusive hoje extintos. 

Este grupo indígena foi contatado oficialmente pela Funai em 1973, quando se iniciava a construção da rodovia Perimetral Norte (BR 210), que cortaria seu território. Naquele momento, sua população estava reduzida a 150 indivíduos, após ser dizimada pelas epidemias trazidas pelos não-índios.

RÁDIO EDUCADORA SÃO JOSÉ, 1ª EMISSORA CATÓLICA NO AMAPÁ

    RÁDIO EDUCADORA SÃO JOSÉ


 A RÁDIO EDUCADORA SÃO JOSÉ foi a primeira emissora católica de Macapá. Ela entrou no ar há 55 anos (1968), sob a coordenação dos padres da então Prelazia de Macapá. Após 9 anos de atividades, e um pouco pressionada pelo Governo Militar do Brasil, ela encerrou atividades  em 17 de abril de 1978.


Abaixo, a fachada de entrada à emissora, situada ao lado da então Gráfica São José, na Rua Leopoldo Machado. Ambos os prédios foram demolidos e vendidos a um grande empresário da cidade.



MENDONÇA JÚNIOR, UM DOS PRIMEIROS JORNALISTAS MACAPAENSES

 MENDONÇA JÚNIOR (1846-1904)


O macapaense Joaquim Francisco de Mendonça Júnior, nascido em 14/07/1846, e falecido em 4 de agosto de 1904, um dos primeiros intelectuais de Macapá, foi jornalista e poeta. Foi ele quem instalou em Macapá o primeiro jornal a circular na cidade; com noticias locais: o "Pinsonia".


Não temos imagens do homenageado, mas os exemplares do "Pinsonia", que estão expostos na coleção de periódicos e obras raras da Biblioteca Pública Elcy Lacerda. Eis a imagem abaixo:


PINSONIA foi o primeiro jornal do Amapá, fundado em 15 de novembro de 1895, pelo intelectual macapaense Joaquim Francisco de Mendonça Junior e pelo comerciante paraense José Antonio Siqueira (José Antonio de Cerqueira). Inicialmente o periódico foi impresso em Belém. Somente a partir de 14 de julho de 1897 que passou a ser produzido em Macapá, tendo como tiragem semanal a média de 500 exemplares.

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

CHEFE HUMBERTO: PECUARISTA E POLÍTICO



MEMÓRIA POLÍTICA

CHEFE HUMBERTO (1922-1997)

        Em 2 de agosto de 1922, na cidade de Bragança, Estado do Pará, nascia Humberto Álvaro Dias Santos, carinhosamente conhecido como Chefe Humberto. Além de líder escoteiro, ele foi pecuarista e político, chegando à presidência da Câmara de Vereadores de Macapá. Ele morreu aos 75 anos, em Macapá, aos 2 de setembro de 1997.


       Seu nome completo era Humberto Álvaro Dias Santos. Nasceu em Bragança (Pará) em 2 de agosto de 1922, e faleceu em Macapá em 2 de setembro de 1997, filho de Álvaro de Oliveira Santos e Aurélia Dias Santos. O seu amor pelo escotismo já se configurava entre a infância e adolescência, na sua cidade natal. Desde cedo já praticava esportes, principalmente o futebol, sempre com a orientação de seu pai, grande desportista de Bragança, e pelos seus professores e chefes escoteiros. Quando completou 12 anos, a família transferiu-se para Belém, e ele se formou em guarda-livros (correspondente ao curso de Contabilidade, nível médio), na antiga Escola de Ciências e Letras de Belém. Seu primeiro emprego foi na Companhia das Docas do Pará, em Belém, como despachante. Teve contatos com o pessoal do Clube do Remo, e foi aceito como aspirante, passando também pelo Paysandu Esporte Clube.

        Em 1947 recebeu convite do presidente do Esporte Clube Macapá,
Acésio Guedes, para jogar em Macapá, e Humberto aceita o convite com a condição de conseguir um emprego, o que prontamente o governador do Território do Amapá, Janary Nunes, conseguiu pela Legião Brasileira de Assistência (LBA). O azulão da Avenida FAB estava em seu melhores momentos de glória, e com reforço do jovem atleta, ficou melhor ainda, ganhando vários campeonatos. Também ele foi um dos fundadores do Juventus Esporte Clube, reestruturou o São José (Sociedade Esportiva e Recreativa São José). Também foi um dos fundadores do Trem Desportivo Clube em 1947.

        Como escoteiro,
Chefe Humberto participou da fundação da Associação de Escoteiros Veiga Cabral. Apoiando os dirigentes Glicério Marques, Clodoaldo Nascimento e José Raimundo Barata, presidiu a solenidade de juramento à Bandeira, do primeiro grupo de escoteiros composto pelos então jovens Adélio Rodrigues, Altair Lemos, Edival Trindade, Eduardo Campos, Expedito Cunha Ferro (futuro 91), Lourenço Almeida, Lourival Fernandes, Luciano Pantoja, Mair Bemerguy, Pedro Monteiro, Raimundo Nonato Filho e Ubiracy Picanço. Com o apoio do Governo e dos chefes escoteiros, Humberto integrou a formação da primeira “Ala de Pioneiros”. Em 1953 juntou-se ao padre Vitório Galliani e Expedito Cunha Ferro para a fundação da Tropa São Jorge, com a participação de jovens do Oratório São Luiz, da Paróquia de São José (Casa dos Padres). Também participou da construção do Grupo de Escoteiros Veiga Cabral, que passou a ser denominado de Centro Cultural do Laguinho.

        Na Educação, Chefe Humberto coordenou a primeira Colônia de Férias para os alunos que tiraram as melhores notas no período escolar de 1946, de um total de 94 escolas, sob orientação dos chefes Clodoaldo Nascimento, “91”, Raimundo Barata, e orientação espiritual do padre Vitório Galliani. Também o primeiro campeonato estudantil de 1950, com a participação de escolas municipais, teve a coordenação do Chefe Humberto. Em 1947 participou na 
organização e documentação e fundação do Grupo de Escoteiros do Mar Marcilio Dias.

    Amante do Teatro encenou, no barracão dos padres e no Centro Cultural do Laguinho, com a participação da então jovem carnavalesca
Alice Gorda, peças teatrais como “Dona Baratinha”, “João e Maria”, “O Cordão do Papagaio”, “O Cordão do Urso”, “Boi Pai da Malhada”, “Cordão do Uirapuru”, “Cordão do Japim”, “Martim Pescador” e outras de cunho folclórico.

    Mas o Golpe Militar de 1964 colocou os chefes escoteiros, no Amapá, como ‘corruptores de menores’. Para não ser preso, chefe Humberto refugiouse no Colégio Diocesano, sob a proteção do bispo
d. Aristides Piróvano.

    Seu ingresso na política foi como candidato a vereador de Macapá, fazendo sua campanha junto ao eleitor jovem, recebendo muito apoio. Tomou posse no dia 1º de janeiro de 1970, tendo como companheiros,
Antonio Carlos Cavalcante, Laurindo dos Santos Banha, Lucimar Amoras Del Castillos, Orlando Alves Pinto, Paulo Uchoa, Pedro Petcov, Stephan Houat e Walter Banhos de Araujo. Seu trabalho no legislativo provocou uma serie de reeleições, permanecendo até 1988, somando-se 18 anos de trabalhos voltados às comunidades carentes distantes de Macapá, como o Bailique, e as regiões da Pedreira e do Pacuí.

    Casou-se com Gilberta Alves dos Santos. Aposentou-se pela LBA e, até sua morte, dividindo seu tempo entre Macapá e uma propriedade rural n Curralinho. Sua historia tem vários episódios, e uma grande frequência, tanto na vida esportiva, cultural, educacional, política... e humana, porque Chefe Humberto foi uma das grandes e extraordinárias figuras da vida amapaense, desde os períodos pioneiros do ex Território.

    

terça-feira, 1 de agosto de 2023

HILDEMAR MAIA (1919-1958)

 HILDEMAR MAIA (1919-1958)


Se ainda estivesse entre nós, faria hoje (1º) 108 anos. 

        Promotor e político, Hildemar Pimentel Maia (Hilemar Maia) nasceu em Belém-PA, em 1º de agosto de 1919, e faleceu em Macapá, em desastre aéreo, após a aeronave em que viajava, pilotada por Hamilton Silva, ter decolado da localidade de Carmo do Macacoari, em 21 de janeiro de 1958. Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, e chegou a Macapá em 1948 para exercer o cargo de Promotor Público da então Comarca de Macapá.

 Seu trabalho, voltado para a defesa da criança e esposa abandonada lhe valeu o galardão de “defensor das mulheres”. Exerceu o cargo de Secretário Geral do Governo do Amapá de 1951 a 1954, e deixou para concorrer às eleições na chapa do deputado federal Coaracy Nunes, como suplente, sendo eleito por escolha da maioria de votos.

Foi inspirador principal e um dos fundadores da secção do Amapá da Ordem dos Advogados do Brasil. Seu falecimento ocorreu em 21 de janeiro de 1958, quando visitava seus eleitores em Carmo do Macacoari. O avião “Paulistinha”, pilotado por Hamilton Silva, ao levantar vôo, chocou-se com  uma árvore, explodindo em seguida, matando também o deputado Coaracy Nunes e  próprio piloto.

Promotor e político, Hildemar Pimentel Maia (Hilemar Maia) nasceu em Belém-PA, em 1º de agosto de 1919, e faleceu em Macapá, em desastre aéreo, após a aeronave em que viajava, pilotada por Hamilton Silva, ter decolado da localidade de Carmo do Macacoari, em 21 de janeiro de 1958. Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, e chegou a Macapá em 1948 para exercer o cargo de Promotor Público da então Comarca de Macapá.

Seu trabalho, voltado para a defesa da criança e esposa abandonada lhe valeu o galardão de “defensor das mulheres”. Exerceu o cargo de Secretário Geral do Governo do Amapá de 1951 a 1954, e deixou para concorrer às eleições na chapa do deputado federal Coaracy Nunes, como suplente, sendo eleito por escolha da maioria de votos.

Foi inspirador principal e um dos fundadores da secção do Amapá da Ordem dos Advogados do Brasil. Seu falecimento ocorreu em 21 de janeiro de 1958, quando visitava seus eleitores em Carmo do Macacoari. O avião “Paulistinha”, pilotado por Hamilton Silva, ao levantar vôo, chocou-se com  uma árvore, explodindo em seguida, matando também o deputado Coaracy Nunes e  próprio piloto.