sexta-feira, 4 de agosto de 2023

23 ANOS DE REGISTRO DA ARTE "kUSIWA", DA ETNIA WAJAPI, COMO PATRIMÔNIO NACIONAL

 

ARTE KUSIWA WAIAPI, PATRIMÔNIO IMATERIAL NACIONAL


Hoje, 4 de agosto, lembramos os 23 anos (2000) de inscrição, ao Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Nacional (IPHAN), da "ARTE KUSIWA", da etnia wajapi, como PATRIMÔNIO CULTURAL E IMATERIA\L BRASILEIRO. 


Veja abaixo e no inicio desta matéria, algumas ilustrações da arte indígena amapaense.


Os Wajapi foram os lendários Gaiapi (século XVIII), que viviam com outros grupos tupi-guarani, como os Arawetê e Assurini. Eles cruzaram o Rio Amazonas e empreenderam sucessivas migrações e em direção ao norte, estabelecendo-se no interflúvio dos rios Jari, Araguari e Oiapoque. Hoje, Wajãpi é um marcador étnico definido por conteúdos e usos políticos em constante transformação. Essa autodenominação refere-se à língua compartilhada por todos os subgrupos distribuídos entre o Pará, o Amapá, no Brasil, e a Guiana Francesa. Seu uso crescente vem agregando outros elementos selecionados como distintivos de sua cultura. 

Historicamente, o território wajãpi estendia-se do rio Jari ao rio Araguari, limitado ao sul pelo alto Iratapuru e ao norte pelos rios Oiapoque e Camopi, na margem francesa. Nessa região mantiveram contatos intermitentes com diversas frentes – cabanos, extrativistas, colonos – desde o início do século XIX. Mas só passaram a conviver mais diretamente com não-índios no final da década de 1960, quando foram encontrados por ‘gateiros’ e garimpeiros que viveram em suas aldeias e alastraram epidemias, provocando uma dizimação considerável entre vários subgrupos wajãpi, alguns deles inclusive hoje extintos. 

Este grupo indígena foi contatado oficialmente pela Funai em 1973, quando se iniciava a construção da rodovia Perimetral Norte (BR 210), que cortaria seu território. Naquele momento, sua população estava reduzida a 150 indivíduos, após ser dizimada pelas epidemias trazidas pelos não-índios.

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