Expedição alemã que esteve no Rio Jari
A presença nazista no
Amapá foi registrada principalmente no rio Jari, através da obra de Cristóvão
Lins (Jarí, 70 anos de historia).
Próximo à cachoeira de Santo Antonio, segundo Lins, existe uma sepultura
marcada com suástica nazista.
De 1935 a 1937, quatro
alemães fizeram estudos no rio Jarí, montando acampamento de base perto da
cachoeira de Macaquara, nas proximidades de uma maloca de índios Aparai.
Alemães expedicionários
como Oto, Kalis, Joseph Grenner e Ricardo são pessoas que, representando a
Alemanha nazista, fizeram pesquisas no Jarí nos dois primeiros anos da segunda
metade da década de 30. Com a morte de um deles (Joseph Grener) os trabalhos
científicos foram encerrados. Não se sabe, contudo, se o falecimento foi a
causa do fim dos estudos ou se os três restantes deram-se por satisfeitos com
as informações colhidas.
Joseph Grenner foi capataz
da expedição. Devia ter 30 anos de idade quando em 1935 chegou ao Jarí. Falava
bem o português. Morreu repentinamente de febre, quando fora buscar
mercadorias, em lombo de burro, para o local onde estava seu pequeno barco.
O chefe dos pesquisadores
alemães parecia ser Oto, provavelmente geólogo. Teve uma filha com uma índia
Aparai, de nome Macarrani. Cristóvão Lins relata no livro que a filha de Oto e
a indígena era chamada Cesse: “Era branca e tinha os olhos azuis. O pessoal
chamava-a de ‘alemoa’, ela dizia que era Aparai. Mais tarde Cesse, que diziam
ser muito bonita, casou com um índio da tribo”.
A obra de Lins diz também
que quando Grener faleceu os seus companheiros de expedição estavam muito longe
de Cachoeira. E então o pessoal do local fez o sepultamento, mandando em
seguida avisar Oto, Ricardo e Kalis.
Ao tomarem conhecimento
das circunstâncias do ocorrido, os três alemães foram ao cemitério ver o local
onde Grener tinha sido enterrado. De Cachoeira embarcaram para Belém. Dois
meses depois Oto e outro membro retomaram a Santo Antonio de Cachoeira com uma cruz em acapu de três
metros de altura.
Na madeira da cruz foram
gravadas letras em idioma alemão e suástica nazista, cuja tradução em português
é a seguinte: “Joseph Grener faleceu aqui em 02.01.36 de morte de febre em
serviço de exploração para Alemanha. Expedição Alemanha Amazonas Jarí.
1935-1937.”
Nota: As imagens que ilustram
este texto foram transcritas da obra de Cristóvão Lins: Jari 70 Anos de
História





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