Explorador
português que esteve em incursões pelas terras do Amapá no período colonial,
Pedro Teixeira é figura de grande destaque da história amazônica. Nasceu em
Castanhede, a duas léguas de Coimbra, segundo Cândido de Melo Leitão.
Foi genro de Diogo de Campos Moreno, cuja filha seria viúva, ou então teria
casado novamente como viúva, pois é conhecido, também, que d. Catarina d’Avila,
casada com Pedro Correa de Bittencourt, sargento-mor do Pará em 1632, era sua
enteada. A data de nascimento, portanto, ainda é desconhecida. Faleceu em
Belém, em 4 de junho de 1641, poucos dias após ter sido nomeado governador do
Pará. Chefiou, em 1629, uma expedição ao
longo do rio Amazonas. Partiu de Belém (Pará) e atingiu Quito, no Peru,
descobrindo o Rio Negro. A expedição ataca a feitoria do Forte do Torrego
na Ilha dos Tucujus (atual Macapá). Derrotados, os holandeses se retiram; mas
Macapá era uma posição estratégica levando-os a retomarem mais tarde. Ocorriam
novas batalhas, mas com vitória dos lusitanos. Outro forte foi tomado: o de
Cumaú (Massapá), de propriedade inglesa, que em 1631 foi transformado em
Fortaleza, com o nome de Fortaleza de Santo Antonio de Mcapá. (CARVALHO,
1998:166.
É
considerado o mais importante fronteiro da história da Amazônia, pois fixou o
marco de oeste que possibilitou a Portugal, e depois ao Brasil, estender-se até
os limites atuais que outros, também grandes, demarcaram, como Francisco
Caldeira Castelo Branco, que fundou Belém (Pará), e Bento Maciel Parente,
primeiro donatário da Capitania do Cabo do Norte (primeira nomenclatura política
das terras do Amapá).
Sua
atuação nas terras do Cabo do Norte foi definitiva para a conquista do grande
patrimônio amazônico e do próprio Amapá atual. Em companhia do sogro Diogo
de Campos Moreno, entrou para a História do Brasil, quando o acompanhou ao
Rio Grande para juntar-se a Jerônimo de Albuquerque (depois Maranhão). Era
alferes e, com o então soldado Antonio Teixeira de Melo, foi mandado
escolher lugar de boa guarda para a tropa portuguesa que iria combater os
franceses alojados na Ilha de São Luis. Foi escolhido o local de Juaxinduba,
onde o engenheiro Francisco de Frias ergueu um forte. Pedro Teixeira
tomou parte, pois, nas ações contra os franceses, inclusive na batalha do dia
19 de novembro de 1914.
Com
a finalização dos componentes da expedição que iriam ao Pará, Pedro Teixeira
acompanhou Castelo Branco, em sua estréia, para levar a Jerônimo
de Albuquerque Maranhão, por terra, a notícia do feliz evento. Partiu Pedro
Teixeira acompanhado por Antonio da Costa, dois soldados e trinta
índios, no dia 7 de março de 1616, subindo o rio Guamá até a atual cidade de
Ourém.

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